“Partículas de aspecto metálico
nas bordas do vaso do reator”, de Angra 2, em Angra dos Reis (RJ), como também
em “bocais inferiores dos elementos combustíveis, que estavam sendo içados”, foram
detectados, ontem, e vão adiar o retorno da usina nuclear ao sistema elétrico. A usina
foi desligada no dia 22 de junho para a troca de combustível (urânio
enriquecido) produzido pela Indústrias Nucleares do Brasil (INB).
A previsão é de que Angra 2 voltaria ao sistema em
cerca de um mês, mas o problema exigirá uma paralisação bem maior, pelo menos até
setembro. O BLOG aguarda maiores informações da Eletronuclear, gestora das usinas.
Segundo fontes, "análise da composição dessas partículas mostraram zircônio e nióbio, indicando que são do encamisamento das varetas de combustível". E mais: "inspeções feitas mostraram oxidações não esperadas em 50 elementos combustíveis, parte de um lote de 52, que entraram no núcleo na parada anterior".
Por medida de segurança, face à epidemia do coronavirus (COVID-19), a Eletronuclear reduziu o número de atividades e de pessoal durante a troca do combustível, conforme o blog antecipou em maio. Em momento de corte de gastos, o problema se agrava. Os reparos deverão custar caro, mais ainda, se aliados à falta da geração de energia elétrica.
Angra 2 é uma usina comprada no pacote do acordo nuclear Brasil-Alemanha, que completou 45 anos, no dia 27 de junho; e previa a construção de mais quatro unidades.
Angra 2 é uma usina comprada no pacote do acordo nuclear Brasil-Alemanha, que completou 45 anos, no dia 27 de junho; e previa a construção de mais quatro unidades.
Foto: Complexo Nuclear de Angra - divulgação - Eletronuclear.
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