Cinquenta
por cento do total de trabalhadores da estatal Indústrias Nucleares do Brasil (INB)
ocuparão as suas funções presenciais a partir de segunda-feira (15/06), por
determinação da empresa, nas unidades de Caetité (BA), Resende (RJ) e Caldas
(MG). Por conta da pandemia do coronavirus (COVID-19), apenas 25% exerciam
atividades presenciais, mas a empresa informou a mudança de posição, provocando
medo em muitos empregados.
A INB informou que “tomou diversas
medidas que têm como principal objetivo a preservação da saúde de todos os
empregados, terceirizados e estagiários, através de práticas que ajudem no
controle da disseminação COVID-19 nas dependências da empresa”. Segundo a INB, “
as ações que estão sendo adotadas desde 17 de março, atendem às recomendações
da Organização Mundial de Saúde (OMS), do Ministério da Saúde e dos órgãos
governamentais”.
Segundo o boletim da empresa, são três casos confirmados, em isolamento,
de empregados contratados, em Resende. No quadro de prestadores de serviço, há
um caso, em Caldas; treze em Resende; um no Rio; e outro em São Paulo; todos em
isolamento. A empresa realizou 1.156 testes. São 27 casos de recuperação.
PREOCUPAÇÃO
E MEDO -
O risco de contágio preocupa cerca de 120 funcionários que trabalham
em turnos, da Unidade de Concentração de Urânio, em Caetité; mais outros, de um
total de 550, de Resende; e em torno de 70, em Caldas. A direção do Sindicato
dos Mineradores de Brumado e Microrregião (SINDMINE), informou que a testagem
positiva de COVID-19, em dois empregados da administração, em cargos de chefia,
aumentou o medo entre os trabalhadores
A unidade em Caetité reúne cerca de 250
empregados, sendo que os 120, atuando em turnos, são moradores procedentes de
regiões com registros de coronavirus. A preocupação de muitos empregados é com
o transporte em ônibus, que terão que utilizar para chegarão trabalho, além da
ocupação nos restaurantes da empresa, com capacidade limitada.
A direção do
SINDMINE contatou Secretaria de Saúde de Caetité e a própria INB, solicitando a
suspensão das atividades dos trabalhadores, porque o trabalho na mina de urânio
está parado, dependendo de aval da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN)
para ser retomado. Em Rezende um grupo opera na fabricação das pastilhas de
urânio. Em Caldas, na manutenção da unidade.
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