A Eletronuclear enfrenta hoje (8/4) a maior greve de funcionários de toda a sua história, desde a fundação da empresa em 1997, a partir da fusão da parte nuclear de Furnas com a Nuclen (Nuclebras Engenharia). Pela manhã, segundo dirigentes sindicais, cerca de 300 trabalhadores diretos da empresa estavam/em frente à Central Nuclear de Angra dos Reis, em protesto, por tempo indeterminado, contra 90 demissões e falta de acordo sobre dissidio, perda de direitos e diversas medidas de austeridade. Os empregados fizeram um sistema de rodizio para manter em segurança os serviços essenciais nas usinas nucleares. Ontem (7/4), em assembleia, os funcionários da sede, no Centro do Rio, decidiram paralisação de 24h, na quinta-feira (10/4).
Entre as representações sindicais, por volta das 12h, havia informações sobre pedido de liminar visando tornar a greve ilegal, mas o BLOG não obteve informações oficiais da empresa. Gestora das usinas nucleares Angra 1 e Angra 2, em funcionamento; e Angra 3, em construção desde 1984 - que tem futuro incerto-, a Eletronuclear responde pela geração de aproximadamente 3% da energia consumida no Brasil.
Para isto, cerca de 1.373 profissionais, entre eles, 238 estrangeiros, foram contratados por empresas nacionais e internacionais e, em conjunto aos técnicos da Eletronuclear, participam dos trabalhos.
Enquanto isso, a direção da companhia tem reafirmado demissões e outras medidas de austeridade. Desta vez, a usina ficará fora do Sistema Interligado Nacional (SIN), 85 dias, quando deixará de gerar 640 Megawatts, o equivalente a 10% da energia elétrica consumida na cidade do Rio de Janeiro. Isto, quando opera com 100% de sua potência, sem os desligamentos registrados com frequência. Angra 1 está sendo preparada para durar mais 20 anos. Já Angra 2 opera normalmente, com capacidade para gerar o dobro de energia.
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