O Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Elétrica de Parati e Angra dos Reis (STIEPAR) informou que a greve na Eletronuclear em Angra dos Reis, iniciada nesta quinta-feira (01/08) tem a adesão de pelo menos 60% de cerca de 2000 funcionários da companhia. Segundo a direção do Sindicato, a companhia não atendeu às reivindicações, do último acordo coletivo de Trabalho (ACT), vencido ontem. “Com a falta de consenso entre os sindicatos representantes dos empregados e a companhia em relação ao fechamento do ACT 2024-2026, agora são aplicadas as normas da Consolidação das Leis de Trabalho (CLT), enquanto o Tribunal Regional do Trabalho analisa a questão”, informou a Eletronuclear. A paralisação não atinge a operação de Angra 1 e Angra 2, e a unidade de Armazenamento a Seco (UAS) depósito do urânio enriquecido usado nas usinas atômicas.
A Eletronuclear está ciente de que estão programados movimentos grevistas, por tempo indeterminado, entre os empregados de Angra dos Reis a partir desta quinta-feira (01) e da sede da empresa, no Rio de Janeiro, a partir da próxima segunda-feira (05). “A Eletronuclear reitera que respeita o direito de greve dos profissionais, mas garante o acesso a todos que quiserem trabalhar no período, assim como o direito de ir e vir de todos os funcionários”, informou a companhia, no dia em que comemora 27 anos de fundação.
Segundo a companhia, a proposta de acordo coletivo deste ano previa a reposição integral da inflação nos salários pelo IPCA durante os próximos dois anos (2024-2026), mantendo-se este mesmo índice para todos os demais benefícios. “Agora, com o término do prazo do acordo coletivo anterior (31/07/2024) e sem a garantia da data-base, aplica-se, a partir de hoje, as regras da CLT enquanto os próximos passos são decididos, inclusive pelo Poder Judiciário”, avisou a companhia.
Em junho deste ano a Eletronuclear informou que estava em andamento as negociações com os sindicatos representantes dos empregados para o fechamento do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2024-2025. A empresa mantém o diálogo aberto para alcançar esse objetivo. Hoje, ainda permanece o impasse entre as partes.
(FOTO CENTRAL NUCLEAR DE ANGRA – ELETRONUCLEAR) –
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