O Fundo de Investimentos
em Minerais Estratégicos, como urânio e terras raras, recentemente anunciado
pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e pelo
Ministério de Minas e Energia (MME),” ainda passará por etapa de seleção de um
gestor, que deverá demonstrar competência e experiência prévia para fazer a
aplicação dos recursos em projetos de exploração mineral e desenvolvimento de
mina”. A informação exclusiva foi dada hoje pelo BNDES, ao ser perguntado pelo BLOG sobre as questões ambientais que envolvem a extração de urânio que poderão afetar a saúde de trabalhadores, a população e o meio ambiente.
Segundo o Banco, os minerais estratégicos elencados foram escolhidos considerando uma visão de
longo prazo, “diante da demanda crescente de minerais para transição energética
e descarbonização, da alta dependência de fertilizantes importados para
suportar a produção de alimentos no Brasil, e do potencial de produção desses
minerais no país”. E acrescentou: “Os projetos investidos futuramente pelo
fundo serão submetidos a processo de diligência que considerará, entre outros
aspectos, as melhores práticas ESG para o setor."
O lançamento do
calendário de atividades do FIP ocorreu durante o Prospectors
& Developers Association of Canada (PDAC), principal convenção de
mineração e pesquisa mineral do mundo, realizada no dia 3/3, em Toronto. O anúncio
foi feito presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, e pelo ministro de Minas e
Energia, Alexandre Silveira. O cronograma continua com um seminário, a ser
realizado pelo BNDES em abril de 2024, para mobilização de potenciais gestores
e investidores no Brasil. Em maio, está prevista a abertura da seleção pública
dos projetos que se encaixam no escopo do financiamento. O resultado dos
pedidos de financiamento deve ser anunciado em outubro.
As informações foram
divulgadas na semana passada pelo BNDES. “O fundo de minerais críticos reforça
a estratégia do BNDES de atuar em parceria com a iniciativa privada na captação
de recursos para uma área estratégica para o país. A liderança
internacional do presidente Lula abriu uma janela histórica de oportunidades e
a exploração sustentável dos minerais críticos será fundamental para colocar o
Brasil na liderança global da transição energética”, ressaltou Mercadante na
ocasião.
Segundo ele, o FIP Minerais Estratégicos irá mobilizar mais de R$ 1
bi, além de viabilizar novos empreendimentos de minerais considerados
estratégicos para a transição energética, descarbonização e produção
sustentável de alimentos. Espera-se que o Fundo invista em 15 a 20 empresas com
projetos de pesquisa mineral, desenvolvimento e implantação de novas minas de
minerais estratégicos no Brasil.
O BNDES irá aportar até R$ 250 milhões no
Fundo, com participação limitada a 25% do total, sendo esperados outros
investidores nacionais e internacionais. A iniciativa prioriza os minerais para
transição energética e descarbonização, sendo eles: cobalto, cobre, estanho,
grafita, lítio, manganês, minério de terras raras, minérios do grupo da
platina, molibdênio, nióbio, níquel, silício, tântalo, titânio, tungstênio,
urânio, vanádio e zinco. Fosfato, potássio e remineralizadores, minerais
fundamentais para a fertilidade do solo, também estão no rol de elementos
abrangidos pelo fundo.
“Além de trazer investimentos e parceiros estratégicos,
o fundo tem como objetivo estimular uma mineração sustentável. Seguindo os
direcionamentos do presidente Lula, estamos focados na transição energética ao
mesmo tempo que pensamos nas comunidades e no meio ambiente”, afirmou Silveira.
“Ainda este ano, os projetos que corresponderem a todos critérios do BNDES
estarão com o dinheiro para o desenvolvimento das atividades”, finalizou o
ministro.
(FONTE: BNDES) - FOTO - MINA DE URÂNIO NO COMPLEXO DE SANTA QUITÉRIA - CEARÁ -
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