quarta-feira, 13 de março de 2024

BNDES: investidores em minerais estratégicos como urânio terão que demonstrar "competência e experiência".

 


O Fundo de Investimentos em Minerais Estratégicos, como urânio e terras raras, recentemente anunciado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e pelo Ministério de Minas e Energia (MME),” ainda passará por etapa de seleção de um gestor, que deverá demonstrar competência e experiência prévia para fazer a aplicação dos recursos em projetos de exploração mineral e desenvolvimento de mina”. A informação exclusiva foi dada hoje pelo BNDES, ao ser perguntado pelo BLOG sobre as questões ambientais que envolvem a extração de urânio que poderão afetar a saúde de trabalhadores, a população e o meio ambiente.

Segundo o Banco, os minerais estratégicos elencados foram escolhidos considerando uma visão de longo prazo, “diante da demanda crescente de minerais para transição energética e descarbonização, da alta dependência de fertilizantes importados para suportar a produção de alimentos no Brasil, e do potencial de produção desses minerais no país”. E acrescentou: “Os projetos investidos futuramente pelo fundo serão submetidos a processo de diligência que considerará, entre outros aspectos, as melhores práticas ESG para o setor." 

O lançamento do calendário de atividades do FIP ocorreu durante o Prospectors & Developers Association of Canada (PDAC), principal convenção de mineração e pesquisa mineral do mundo, realizada no dia 3/3, em Toronto. O anúncio foi feito presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, e pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. O cronograma continua com um seminário, a ser realizado pelo BNDES em abril de 2024, para mobilização de potenciais gestores e investidores no Brasil. Em maio, está prevista a abertura da seleção pública dos projetos que se encaixam no escopo do financiamento. O resultado dos pedidos de financiamento deve ser anunciado em outubro. 

As informações foram divulgadas na semana passada pelo BNDES. “O fundo de minerais críticos reforça a estratégia do BNDES de atuar em parceria com a iniciativa privada na captação de recursos para uma área estratégica para o país.  A liderança internacional do presidente Lula abriu uma janela histórica de oportunidades e a exploração sustentável dos minerais críticos será fundamental para colocar o Brasil na liderança global da transição energética”, ressaltou Mercadante na ocasião. 

Segundo ele, o FIP Minerais Estratégicos irá mobilizar mais de R$ 1 bi, além de viabilizar novos empreendimentos de minerais considerados estratégicos para a transição energética, descarbonização e produção sustentável de alimentos. Espera-se que o Fundo invista em 15 a 20 empresas com projetos de pesquisa mineral, desenvolvimento e implantação de novas minas de minerais estratégicos no Brasil. 

O BNDES irá aportar até R$ 250 milhões no Fundo, com participação limitada a 25% do total, sendo esperados outros investidores nacionais e internacionais. A iniciativa prioriza os minerais para transição energética e descarbonização, sendo eles: cobalto, cobre, estanho, grafita, lítio, manganês, minério de terras raras, minérios do grupo da platina, molibdênio, nióbio, níquel, silício, tântalo, titânio, tungstênio, urânio, vanádio e zinco. Fosfato, potássio e remineralizadores, minerais fundamentais para a fertilidade do solo, também estão no rol de elementos abrangidos pelo fundo. 

“Além de trazer investimentos e parceiros estratégicos, o fundo tem como objetivo estimular uma mineração sustentável. Seguindo os direcionamentos do presidente Lula, estamos focados na transição energética ao mesmo tempo que pensamos nas comunidades e no meio ambiente”, afirmou Silveira. “Ainda este ano, os projetos que corresponderem a todos critérios do BNDES estarão com o dinheiro para o desenvolvimento das atividades”, finalizou o ministro. 

(FONTE: BNDES) - FOTO - MINA DE URÂNIO NO COMPLEXO DE SANTA QUITÉRIA - CEARÁ - 

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