terça-feira, 28 de dezembro de 2021

Angra 3: chamada pública internacional para viabilizar a conclusão do projeto

 


Para viabilizar a conclusão do projeto da usina nuclear Angra 3, em Angra dos Reis (RJ), a holding Eletrobras deverá realizar chamada pública internacional, de acordo com o modelo proposto pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) aprovado pelo Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (CPPI) com segregação dos riscos financeiro e de engenharia. A informação faz parte do item “Iniciativas estratégicas” do Plano Diretor de Negócios e Gestão da Eletrobras para 2022-2026 (PDNG 2022-2026), que acaba de ser divulgado. 

No documento de 39 páginas, a Eletrobras, presta uma série de informações aos acionistas e ao mercado em geral, no último dia 17. Angra 3 está entre os projetos de “riscos associados aos negócios”, conforme gráfico na página 38: “Riscos/Incertezas do PDNG 2022/2026”. 

No item capitalização, o documento trata da definição de requisitos necessários para a transferência de Comercialização de Itaipu, “contratos remanescentes da RGR e BUSA; Proinfa, Procel, Luz para Todos e Mais Luz para a Amazônia para a Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional S.A. – Enbpar, criada pelo Decreto nº 10.791, de 10 de setembro de 2021”. 

Além disso, inclui uma “abordagem voltada às atividades e processos inerentes da função de holding, que necessariamente deverão ser absorvidas pela Enbpar na gestão das participações de Eletronuclear e Itaipu”. Identificar alternativas para que sejam viabilizadas condições para que a holding possa usufruir de créditos tributários, é outro ponto relevante que faz parte do documento. 

As obras civis de Angra 3 estão 67% concluídas.  A previsão é de que a usina entre em operação comercial em 2026, fornecendo cerca de 1.450 MW, uma vez 100% sincronizada ao Sistema Integrado Nacional (SIN). Isto equivale a 20% da energia consumida na cidade do Rio de Janeiro. Angra 3 faz parte da campanha publicitária promovendo o uso da energia nuclear no país, lançada há cerca de um mês. 

Até o ano passado Angra 3 havia consumido R$ 7 bilhões e precisava de mais R$ 15 bilhões para ser concluída. As obras da usina começaram em 1984. 

FOTO: Angra 3 – ABDAN - 

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