Pela primeira vez, cenários envolvendo situações de incêndios, ataque cibernético e sobrevoo de drones serão simulados entre esta terça (17/11) e quinta-feira (19/11), durante exercício de emergência e segurança física nuclear na Fábrica de Combustível Nuclear (FCN), da Indústrias Nucleares do Brasil (INB), em Resende (RJ). O local é uma das meninas dos olhos do setor nuclear, onde o Brasil enriquece urânio que, depois de passar por processo no exterior, volta para servir de combustível para as usinas Angra 1 e Angra 2, além de ser exportado para a Argentina.
As simulações acontecerão apenas no modo virtual, segundo a INB. O Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI/PR), Órgão Central do Sistema de Proteção ao Programa Nuclear Brasileiro (Sipron), supervisionará o exercício. Por causa da pandemia de Covid-19, os centros de emergência operarão nos modos presencial e virtual. Os representantes das instituições do Comitê de Planejamento de Resposta a Situações de Emergência Nuclear no município de Resende (Copren/RES) estarão reunidos na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) interagindo com a equipe da INB que permanecerá na Fábrica.
Participarão do evento no dia 17, a partir de 9h, o presidente da INB, Carlos Freire Moreira; o secretário de Coordenação de Sistemas do GSI, Contra-Almirante Carlos André Coronha Macedo, e o diretor do Departamento de Coordenação do Sipron, capitão de Mar e Guerra Márcio Gonçalves Taveira.
Os exercícios de emergência servem como “base para um programa de melhoria contínua da estrutura de resposta e têm o propósito de avaliar e, se for o caso, aperfeiçoar planos e procedimentos, além de treinar a estrutura de resposta à emergência e segurança física nuclear”, informou a INB. Durante a atividade, os centros de emergência do Sipron em Brasília e no Estado do Rio de Janeiro serão ativados.
Participarão cerca de 50 instituições dos níveis nacional, estadual e local, entre elas, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), o Ministério da Defesa, a Marinha do Brasil, o Exército Brasileiro, a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a Defesa Civil Municipal de Resende e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
A FCN tem cerca de 660 empregados; desse total, 600 estão trabalhando em regime presencial e os demais, em casa. O BLOG contatou alguns funcionários e todos disseram desconhecer a realização do exercício simulado.
OUTRAS CASCATAS -
Com investimentos da ordem de R$ 600 milhões, em novembro de 2019, foi inaugurada a 8ª cascata de ultracentrífugas (máquinas de enriquecimento de urânio), da FCN. Na época, o ministro das Minas e Energia, Bento Albuquerque repetia que a intenção é viabilizar o ciclo completo do combustível, da mineração até a finalização com o enriquecimento.
Segundo o presidente da INB, Carlos Freire Moreira, com a entrada em operação de mais uma cascata, a empresa aumentava em 20% a produção de urânio enriquecido no país, sendo possível produzir 60% do necessário para abastecer a usina nuclear de Angra 1.
A 8ª cascata faz parte da 1ª fase de implantação da Usina de Enriquecimento de Urânio, prevista para ser concluída em 2021 com a instalação da 9ª e 10ª cascatas.
O presidente da INB assinou contrato com a Amazônia Azul Tecnologias de Defesa – Amazul para elaboração do detalhamento do projeto básico para ampliação da Usina de Enriquecimento de Urânio localizada na FCN. A implantação dessa 2ª fase contemplará três etapas. O contrato abrange a Etapa 1 que consiste na instalação de 12 cascatas de ultracentrífugas.
Quando estiver
concluída essa etapa, a INB alcançará uma capacidade de enriquecimento de
urânio que atenderá as necessidades de combustível nuclear das usinas de Angra 1
e Angra 2. FOTO: FCN - Divulgação INB -
Mais uma vez, Tânia informando com precisão e objetividade.👏👏👏
ResponderExcluirObrigada por participar. A sua opinião é muito importante para o nosso trabalho.
ResponderExcluirCom a produção aumentada, já já o Bolsonaro vai querer fabricar uma bomba atômica para substituir a pólvora no ataque aos EU.
ResponderExcluir