quinta-feira, 6 de agosto de 2020

Angra 1: problemas técnicos desligam a usina duas vezes, em menos de 30 dias

 Problemas técnicos desligaram a usina nuclear Angra 1, duas vezes, em menos de 30 dias. O vapor saído da usina, há três dias, lembrava uma “panela de pressão”. A usina já voltou a operar, mas em ambas as paradas, preocupou a equipe técnica que trabalha para prorrogar a vida útil da central atômica por mais 20 anos. A parada mais recente ocorreu às 11h57 de segunda-feira (3/8), com a unidade reconectada à 01h59 do dia seguinte. Foi preciso desligar a usina para reparar uma bomba do sistema de água que alimenta o gerador de vapor. Este, por sua vez, alimenta o turbogerador com vapor, informou a Eletronuclear, gestora das usinas. O trabalho, segundo a empresa, não pode ser feito com a usina em operação. “Quem passou pela rodovia Rio-Santos, pode ver uma cena diferente. Angra 1 estava liberando vapor através do seu sistema de alívio”. A cena lembrava o funcionamento de “uma panela de pressão”, comentou o superintendente de Angra 1, Abelardo Vieira. Ele garantiu que não há nada incomum nisso. “Trata-se do vapor de uma água puríssima que é utilizada para mover o gerador elétrico”, afirmou. Às 12h44 do dia 10 de julho, a usina desligou automaticamente. “O desarme foi motivado pela falha em uma bomba de água do circuito secundário (não nuclear) da usina, o que fez com que os sistemas de segurança atuassem preventivamente desligando a unidade”, informou a estatal. No dia seguinte (11/7) Angra 1 foi reconectada ao Sistema Interligado Nacional (SIN). 



Nos últimos seis anos foram  investidos US$ 27 milhões na modernização do empreendimento, segundo a Eletronuclear. A empresa admitiu que precisará buscar recursos adicionais para viabilizar o projeto.
 

FOTO: Angra 1 - Acervo Eletronuclear -


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