O Instituto de Pesquisas Energéticas Nucleares
(IPEN), da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), normalizou a produção
do radiofármaco Iodo-131 (medicamento para diagnóstico e tratamento do câncer),
vítima de um ataque cibernético no dia 28/3. Em relação ao iodo-131, já está garantido
o envio de 201 pedidos para serviços de saúde em todas as regiões do Brasil,
segundo a Comissão.
A previsão é de que a produção do Gerador de tecnécio-99m
seja normalizada em seguida. A expectativa é de que a produção dos demais radiofármacos
seja também normalizada nos próximos dias, informou a CNEN. São eles: Lutécio-177;
Tálio-201; Guan-IPEN-131 (MIBG); Citrato de gálio-67.
O ataque cibernétido paralisou a produção desses radiofármacos. Segundo a CNEN,
“o incidente cibernético resultou em tentativas de ataques em série à rede do
Instituto”. Equipes de TI tentam encontrar as causas. A Polícia Federal foi
acionada. O crime prejudicou o tratamento de cerca de 45 mil pessoas.
O IPEN é
um dos mais importantes institutos de pesquisa da América do Sul e completa 70
anos em 2026. No governo do ex-presidente Bolsonaro, esteve no “olho do furacão”,
diante do lobby no Congresso tentando passar a produção de radiofarmacos para a
iniciativa privada.
Os radioisótopos possibilitam que os médicos vejam o
funcionamento de órgãos e tecidos vivos por meio de imagens como as
tomografias, radiografias e cintilografias. Cerca de dois milhões de
procedimentos médicos são realizados, por ano, utilizando radioisótopos, em 440
clinicas cadastradas para realizar o trabalho semanalmente. Cerca de 440 mil
pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e o restante pela rede privada.
FOTO:
IPEN/CNEN -
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