sexta-feira, 11 de abril de 2025

Medicina Nuclear: vítima de ataque cibernético, IPEN/CNEN normaliza produção de iodo-131, medicamento para combater o câncer

 


O Instituto de Pesquisas Energéticas Nucleares (IPEN), da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), normalizou a produção do radiofármaco Iodo-131 (medicamento para diagnóstico e tratamento do câncer), vítima de um ataque cibernético no dia 28/3. Em relação ao iodo-131, já está garantido o envio de 201 pedidos para serviços de saúde em todas as regiões do Brasil, segundo a Comissão. 

A previsão é de que a produção do Gerador de tecnécio-99m seja normalizada em seguida. A expectativa é de que a produção dos demais radiofármacos seja também normalizada nos próximos dias, informou a CNEN. São eles: Lutécio-177; Tálio-201; Guan-IPEN-131 (MIBG); Citrato de gálio-67. 

O ataque cibernétido paralisou a produção desses radiofármacos. Segundo a CNEN, “o incidente cibernético resultou em tentativas de ataques em série à rede do Instituto”. Equipes de TI tentam encontrar as causas. A Polícia Federal foi acionada. O crime prejudicou o tratamento de cerca de 45 mil pessoas. 

O IPEN é um dos mais importantes institutos de pesquisa da América do Sul e completa 70 anos em 2026. No governo do ex-presidente Bolsonaro, esteve no “olho do furacão”, diante do lobby no Congresso tentando passar a produção de radiofarmacos para a iniciativa privada. 

Os radioisótopos possibilitam que os médicos vejam o funcionamento de órgãos e tecidos vivos por meio de imagens como as tomografias, radiografias e cintilografias. Cerca de dois milhões de procedimentos médicos são realizados, por ano, utilizando radioisótopos, em 440 clinicas cadastradas para realizar o trabalho semanalmente. Cerca de 440 mil pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e o restante pela rede privada. 

FOTO: IPEN/CNEN - 

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