A
cooperação entre o Brasil e a Rússia na área nuclear – através da Corporação
Estatal Rosatom - vem se fortalecendo com a assinatura de memorando abrangendo
várias áreas:
projetos de construção de
usinas nucleares de grande escala e pequenos reatores modulares de concepção
terrestre e até flutuante e ciclo do combustível, por exemplo. Nesta entrevista
exclusiva ao BLOG, o presidente da Rosatom na América Latina, Ivan Dybov, conta
sobre o início das parcerias entre os dois países em 1994, e a cooperação com a
estatal Indústrias Nucleares do Brasil (INB) para o fornecimento de cerca de
800 toneladas de urânio natural, através de várias licitações da estatal
brasileira. Diz também que a corporação está no páreo para os projetos de novas
usinas atômicas no Brasil. “A Rosatom possui a única frota mundial de
quebra-gelos movida a energia nuclear, única usina nuclear flutuante do mundo e
únicos blocos energéticos do mundo com reatores rápidos de nêutrons de nível
industrial de potência”. Eis a entrevista:
BLOG: Quando e como começou a
cooperação da Rosatom com o Brasil?
IVAN DYBOV – Com a assinatura de um
Acordo entre o Governo da Federação Russa e o Governo da República Federativa
do Brasil referente à cooperação na área da utilização pacífica da energia
nuclear, em 15 de setembro de 1994. No dia 21 de julho de 2009, foi assinado um
memorando de entendimento entre a Corporação Estatal "Rosatom" e a
Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).
BLOG: Como começou a
parceria comercial?
DYBOV: Com o fornecimento de produtos isotópicos
para as necessidades da medicina nuclear brasileira, que continua a ser a
principal área de cooperação entre nossos países no setor nuclear. Agora, uma das áreas mais promissoras é o
fornecimento de isótopos como lutécio e actínio.
BLOG: Há cooperação no
fornecimento de urânio?
DYBOV: Em 2018-2020, a Corporação Estatal
Rosatom, representada pela "Uranium One Group", ganhou várias
licitações da empresa estatal brasileira Indústrias Nucleares do Brasil (INB)
para o fornecimento de cerca de 800 toneladas de urânio natural.
BLOG:
Há cooperação na formação de conhecimentos?
DYBOV: Nós também cooperamos
ativamente no campo de formação do pessoal. Em particular, a Universidade
Nacional de Pesquisa Nuclear (MEPhI) e o Instituto de Pesquisas Energéticas e
Nucleares (IPEN) estão realizando programas educacionais em conjunto. Já neste
ano acadêmico sete estudantes do Brasil vão estudar na Rússia com bolsas de
estudo proporcionadas pela empresa "Rosatom" e agência federal da
Rússia Rossotrudnichestvo.
BLOG: A Rosatom e a brasileira Eletronuclear
assinaram memorando recentemente. Como foi?
DYBOV: No âmbito da expansão
da cooperação bilateral, no mês de setembro, durante a Conferência Geral da
Agência Internacional de Energia Nuclear (AIEA), a Corporação Estatal Rosatom e
a empresa operadora brasileira de usinas nucleares Eletronuclear assinaram um
memorando de entendimento. O novo memorando abrange uma vasta gama de áreas de
cooperação, incluindo os novos projetos de construção de usinas nucleares de
grande escala; pequenos
reatores modulares de concepção terrestre e flutuante; soluções para as etapas inicias e de conclusão do
ciclo do combustível nuclear, bem como para a gestão do combustível nuclear
usado; desenvolvimento
do ciclo do combustível nuclear avançado/inovador.
BLOG: O que mais?
DYBOV:
A área de processamento (reciclagem) de materiais nucleares; assistência ao longo do ciclo de vida de novas
usinas nucleares, incluindo a operação, assistência técnica e
descomissionamento; prolongamento
da vida útil das unidades nucleares;
desenvolvimento
de tecnologias do hidrogênio; implementação das melhores práticas de gestão
P&D+I no setor nuclear, metodologias para acelerar a implementação de
projetos de desenvolvimento tecnológico, bem como melhores práticas para
aumentar a aceitação pública da energia nuclear.
BLOG: Quais os outros
pontos importantes do memorando?
DYBOV: O memorando prevê também o
desenvolvimento da cooperação em projetos conjuntos na área de educação e
capacitação de profissionais, aumento da aceitação pública da energia nuclear e
outras áreas.
BLOG: Como e quando?
DYBOV: Tendo em conta a
intenção do Brasil de desenvolver o seu setor nuclear nacional e construir
novas usinas nucleares, surgem novas perspectivas para a expansão da cooperação
numa série de áreas. Em 2019, a TENEX (parte do circuito de gestão da Rosatom)
e a empresa estatal brasileira Indústrias Nucleares do Brasil (INB) assinaram
uma carta de intenções, na qual confirmaram a sua disposição para implementar
projetos conjuntos na área do ciclo do combustível nuclear. Neste momento,
estamos analisando com os nossos parceiros brasileiros as possibilidades de
cooperação integrada na área do ciclo de combustível nuclear, inclusive no
campo de mineração de urânio.
BLOG: Interesses em Angra 3...
DYBOV: Em junho de 2020, o Brasil
confirmou as suas intenções de concluir a construção da central nuclear
"Angra 3" segundo o modelo EPC e de construir um parque de novas
centrais nucleares em parceria com o setor privado. A Rosatom está interessada
em cooperar com o Brasil numa vasta gama de áreas e está pronta para explorar
as perspectivas da sua participação na construção de novas centrais nucleares,
tanto de grande potência, como de baixa potência - no território brasileiro.
BLOG: Conte sobre experiência em
prorrogar a vida útil de usinas nucleares.
DYBOV: A Rosatom tem experiência na modernização e
na extensão da vida útil de usinas nucleares tanto na Rússia, como também no
exterior, especialmente na Armênia e Bulgária. A usina nuclear da Armênia está
agora passando pelos trabalhos finais de modernização para estender a vida útil
da instalação até 2026. Além disso, de acordo com cálculos preliminares, a
usina nuclear poderá funcionar até 2036. O projeto envolveu trabalhos extensos
no valor de cerca de 200 milhões de dólares, incluindo a entrega de novo
equipamento, que foi instalado em um prazo curto. A experiência da Rosatom em
modernização e extensão da vida útil das instalações nucleares na Federação
Russa é uma base sólida para uma implementação exitosa de tais projetos.
BLOG:
E na gestão na área de combustível?
DYBOV? A Rosatom tem uma vasta
experiência na fabricação de combustível nuclear. De um modo geral, em 2020, a
quota da Rosatom no mercado mundial de fabricação de combustível nuclear
constituiu 17%. Além disso, no âmbito da cooperação com a empresa "Framatome",
o combustível e os componentes feitos de urânio regenerado, que são produzidos
na Rússia, são fornecidos às usinas nucleares da Europa Ocidental. Estamos
dispostos a compartilhar tecnologias e conhecimentos com os nossos parceiros
brasileiros e já temos experiência de cooperação nesta área. E, se no futuro, a
Rosatom vier a participar em projetos de construção de novas instalações
nucleares no Brasil, será possível falar em expansão da cooperação na área do
ciclo do combustível nuclear.
BLOG: Como assim?
DYBOV: Caso a
Rosatom seja escolhida como parceira para a construção de novas usinas
nucleares de grande ou pequena potência no Brasil, será uma cooperação na área
de produção de combustível para as novas instalações.
BLOG: Quais as lições
aprendidas com o acidente de Chernobyl?
DYBOV: Os eventos ocorridos na
usina nuclear de Chernobyl em 1986 mostraram à indústria nuclear global que é
necessário eliminar a própria probabilidade de tais acidentes o mais rápido
possível, devido às mudanças nos fenômenos físicos naturais e nos processos que
ocorrem no link técnico entre o reator e os sistemas de segurança. Foi
necessário criar e mostrar para todos os participantes do processo de uso da
energia atômica, desde a fase de desenvolvimento de projetos até a fase de
descomissionamento de uma usina, uma filosofia de atividades profissionais
baseada nos princípios da cultura de segurança. Esses princípios consistem na
prioridade de garantir a segurança e esforços constantes para garantir e
melhorá-la.
BLOG: O que foi feito?
DYBOV: Para cumprir essas tarefas,
criamos um conceito de cultura de segurança e o enchemos de objetivos e ações
práticas concretas para alcançá-los. Com base nesta abordagem, todos os
principais documentos normativos internacionais e nacionais que regulam as
questões de segurança no âmbito da energia nuclear e proteção contra radiação
foram desenvolvidos novamente. Em um prazo muito curto foi realizada uma série
de trabalhos nos reatores RBMK. Além disso, foram formuladas as recomendações e
regulamentos mais rigorosos da AIEA. Em particular, foram tomadas as seguintes
medidas: as características físicas de nêutrons do reator foram alteradas para
valores seguros a través de alteração da composição da carga da zona ativa; foi
garantido c controle contínuo de todas as características do reator por métodos
modernos de cálculo e métodos de medições seguras diretas, e os métodos de
controle estão sendo constantemente melhorados até agora; foi realizada uma
série de mudanças de construção, que levaram a um aumento na velocidade e
eficiência da proteção do reator até valores justificados considerando todas as
reservas de engenharia de quantidades; foi expandida a lista de sinais, ou seja,
eventos, que levam à ativação de sistemas de segurança, foram introduzidas
novas proteções de reator; foram introduzidos sistemas de diagnóstico do estado
da planta do reator e seus equipamentos individuais, permitindo identificar
possíveis problemas na operação logo no início do desenvolvimento deles, a um
nível seguro desses problemas; o
desligamento ou intervenção de pessoal na operação dos sistemas de segurança é
tecnicamente impossível; a máxima autoproteção interna da planta do reator
contra o desenvolvimento negativo de processos físicos de nêutrons, processos
termo-hidráulicos e outros processos é garantida devido às suas características
físicas naturais.
BLOG: Mudanças nos reatores?
DYBOV: Como
resultado das medidas técnicas de alta prioridade executadas, as
características físicas do reator e dos sistemas de segurança foram alteradas.
Por isso, os reatores RBMK já não podem ser considerados reatores do mesmo tipo
que aqueles da usina nuclear de Chernobyl. Esta afirmação foi confirmada pela
comunidade nuclear internacional no momento de desenvolvimento e análise dos
relatórios de avaliação detalhada da segurança dos reatores RBMK realizados
pelos especialistas da Federação Russa,
Grã-Bretanha, Suécia, Finlândia e os Estados Unidos da América. Além disso, a estatal está
atualmente implementando um projeto da primeira central nuclear terrestre de
baixa potência com reatores da série RITM-200. Espera-se que ela seja
comissionada na Rússia até 2028 na aldeia de Ust-Kuiga em Iacútia (uma
república que entra na competência da Federação Russa).Por enquanto, a "Akademik Lomonosov" é a
única central nuclear flutuante do mundo. Falando em projetos de baixa
potência, que estão na fase de desenvolvimento, segundo os dados da AIEA,
atualmente existem mais de 70, sendo que empresas dos EUA, China, Coreia do
Sul, França e Argentina estão fazendo certos progressos no desenvolvimento
destas soluções.
BLOG: E as críticas dos ambientalistas?
DYBOV: É
importante entender que as centrais nucleares não causam qualquer dano ao meio
ambiente, mas sim contribuem para a solução dos problemas climáticos. Em 2019 e
2020, o funcionamento da FNPPpermitiu
evitar a emissão para a atmosfera de um equivalente que ultrapassa 300.000
toneladas de dióxido de carbono - CO2. Contudo, as centrais nucleares
atualmente em funcionamento permitem reduzir as emissões de dióxido de carbono
em 2 bilhões de toneladas por ano. É por esta razão que a energia nuclear é
considerada uma energia "verde".
ROSATOM POR IVAN DYBOV-
A
Rosatom está entre as dez maiores empresas da Rússia. A nossa equipe conta com
mais de 275.000 empregados em mais de 300 empresas. A cota da energia nuclear
no balanço energético da Rússia é superior a 20 %, graças a 38 blocos
energéticos, que operam em onze usinas nucleares. A Corporação está realizando
um programa de grande escala para a construção de usinas nucleares, tanto na
Federação Russa, bem como no exterior. Atualmente, está construindo três novos
blocos energéticos na Rússia, incluindo dois blocos energéticos na NPP Kursk-2
e o inovador reator rápido de nêutrons BREST-OD-300. O portfólio de 10 anos de
pedidos no exterior da Rosatom inclui 35 blocos energéticos em 12 países em
várias fases de implementação, incluindo no Egito, Turquia e China. Atualmente
fornecemos combustível para 75 blocos energéticos em 16 países (incluindo a
Rússia), o que significa que um em cada seis reatores do mundo funciona com o
combustível produzido na corporação.
A Rosatom ocupa 1° lugar no mundo em
termos da quantidade de blocos energéticos de NPP (Nuclear power plant) que
estão em construção no exterior; 1° lugar no mundo no enriquecimento de urânio;
1° lugar no mundo em reatores de pesquisa em operação; 2° lugar no mundo entre
as empresas geradoras em termos de potência instalada; 2° lugar no mundo em
termos de reservas de urânio exploradas; 2° lugar no mundo na mineração de
urânio; 3° lugar no mundo na fabricação de combustível nuclear. Possui a única
frota mundial de quebra-gelos movida a energia nuclear, única usina nuclear
flutuante do mundo; únicos blocos energéticos do mundo com reatores rápidos de
nêutrons de nível industrial de potência.
Desde outubro de 2020, a corporação é
membro do Pacto Global das Nações Unidas (UN Global Compact), a maior
iniciativa empresarial internacional da ONU em matéria de responsabilidade
social empresarial e desenvolvimento sustentável. Em 2020, a Rússia celebrou os
75 anos da indústria nuclear nacional.
A Rosatom é uma das pioneiras do setor
nuclear mundial. Os cientistas soviéticos foram desbravadores na utilização
pacífica da energia nuclear: a primeira usina nuclear do mundo foi construída
na Rússia, na cidade de Obninsk, em 1954. Em apenas 75 anos de história, as
empresas russas da indústria nuclear construíram mais de uma centena de
reatores para usinas nucleares em 14 países do mundo, incluindo na Rússia. A
Rosatom, que herdou as tecnologias e a experiência da indústria nuclear
soviética, foi fundada em 2007. Hoje em dia, é a maior empresa geradora na
Rússia e uma das empresas líderes no mercado global de serviços e tecnologias
nucleares. É capaz de providenciar a elaboração do projeto e construção de
usinas nucleares prontas para uso, abastecer as usinas nucleares com
combustível durante toda a sua vida útil, realizar a modernização, serviços de
manutenção e formação do pessoal.
TECNOLOGIAS - PÓS FUKUSHIMA -
A
primordial solução da corporação hoje em termos de usinas nucleares de alta
potência é o reator água -água energético revolucionário de geração 3+, o
VVER-1200. Ele combina em si soluções de engenharia testadas ao longo do tempo
e sistemas de segurança ultra confiáveis aperfeiçoados levando em conta os
requisitos pós-Fukushima. A principal característica do projeto VVER-1200 é a
combinação única de sistemas de segurança ativos e passivos, tornando a
instalação extremamente resistente a influências externas e internas. No
projeto foi contemplado um conjunto completo de soluções técnicas para garantir
a segurança da usina nuclear e excluir a liberação de produtos radioativos no
meio ambiente. Especificamente,
o bloco energético está equipado com dois contentores com um espaço ventilado
entre eles. A contenção interior assegura a vedação do volume onde se encontra
a unidade do reator. A contenção exterior é capaz de resistir aos impactos
naturais (tornados, furacões, terremotos, inundações, etc.), tecnogênicos e
antropogênicos (explosões, queda de aviões, etc.) sobre a usina nuclear.
Os
sistemas passivos de segurança da instalação são capazes de funcionar mesmo em
caso de perda total de abastecimento de energia, e podem desempenhar todas as
funções de segurança sem o envolvimento dos sistemas ativos e intervenção do
operador. O projeto do VVER-1200 inclui um sistema de filtragem passiva do
espaço entre as contenções externas e internas do bloco. Ele permite excluir a
saída de radioatividade para o meio ambiente através da contenção externa em
quaisquer situações relacionadas com a falha do sistema ativo de ventilação
especial.
Na parte inferior da contenção, de acordo com o projeto, é instalado
um dispositivo de localização de derretimento, ou "armadilha de
derretimento”, concebido para localizar e arrefecer o derretimento da zona
ativa do reator em caso de um hipotético e improvável acidente, que possa
danificar o núcleo do reator. A "armadilha" permite preservar a
integridade da contenção, e assim excluir a liberação de produtos radioativos
no ambiente, mesmo em hipotéticos acidentes graves. O VVER-1200 pertence à
categoria mais comum de reatores de água pressurizada (PWR). Hoje, existem mais
de 300 reatores deste tipo no mundo inteiro. Eles passaram com sucesso nos
testes de stress "pós-Fukushima", e a segurança da sua operação foi
confirmada por organizações internacionais de renome. Desde o momento de
comissionamento do primeiro bloco energético com um reator VVER em 1964, foram
instalados no mundo inteiro 75 reatores VVER de diversas modificações. A Rosatom
foi a primeira empresa no mundo a lançar um reator de Geração 3+ e a iniciar
sua produção em série. Hoje, a Rússia tem quatro reatores VVER-1200 em
funcionamento e já apareceu o primeiro no exterior, na Bielorrússia. Além
disso, a corporação está construindo usinas nucleares similares na Turquia,
Bielorrússia, Egito, Hungria, Finlândia e outros países.
QUEBRA-GELOS - Na base dos projetos da Rosatom na área de usinas de
pequena potência, estão os mais novos reatores da série RITM, que foram
desenvolvidos tendo em conta o funcionamento de quatro gerações de reatores
para a frota de quebra-gelos e que foram testados nas severas condições do
Ártico. Eles constituem uma fonte de energia confiável e livre de carbono,
destinadas a alimentar com energia elétrica áreas isoladas da rede elétrica
central, e a substituir antigas centrais elétricas com elevadas emissões de CO2
na atmosfera. Hoje em dia, seis reatores "RITM-200" já estão
instalados nos quebra-gelos "Arktika" (Ártico),
"Sibir"(Sibéria) e "Ural".
USINAS FLUTUANTES - Em
2020, a corporação pôs em funcionamento a usina térmica nuclear flutuante
"Akademik Lomonosov", que é atualmente a única usina no mundo
equipada com pequenos reatores modulares e a central nuclear mais setentrional
do mundo. Desde a sua entrada em funcionamento, a usina nuclear flutuante
(FNPP) com dois reatores KLT-40 já demonstrou ser uma fonte confiável e
inovadora de calor e energia elétrica, e contribuiu de forma significativa para
o meio ambiente da região. Dando continuidade ao desenvolvimento das
tecnologias das FNPP, a Corporação está desenvolvendo um novo produto no
segmento das usinas elétricas flutuantes, especificamente - uma unidade de
potência flutuante otimizada (UPFO). Está previsto que em uma UPFO sejam
instalados dois reatores do tipo RITM-200M, que são a última geração de
reatores nucleares russos a bordo de navios, que fornecerão uma capacidade
elétrica total da usina de 100 MW. IVAN
DYBOV – Nasceu na Rússia em 12
de dezembro de 1979. Se juntou a Rosatom
América Latina para assumir o seu cargo de vice-presidente Regional da América
Latina no meio do ano de 2015 com objetivo de
desenvolver e apoiar as atividades principais de negócios da Corporação
Estatal Russa de Energia Atômica nas Américas. Desde 2017, ocupa o cargo de presidente
da Rosatom América Latina Ltda, coordenando todas as atividades de negócios da
região, relacionadas aos projetos internacionais da Rusatom - Rede
Internacional, é uma subsidiária da Rosatom, estabelecida com objetivo de criar
e gerenciar a rede de escritórios de marketing da empresa.
FOTO: Divulgação
Rosatom (Ivan Dybov) e reatores flutuantes.
Leia no Blog: “Brasil e Rússia:
acordo visa tecnologia de mineração subterrânea de urânio (20/6/2018).
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