Faz 40 anos hoje (2/5) que o presidente da República, general João Batista Figueiredo, inaugurou o Complexo Industrial de Poços de Caldas (CIPC), em Minas Gerais, primeira mina brasileira destinada a transformar urânio natural em Yellou cake (pasta ou pó amarelado). O CIPC custou US$ 200 milhões e desde 1995, por ter se tornado inviável economicamente, está com as atividades paralisadas, sob o controle da Indústrias Nucleares do Brasil (INB). A herança dessa era reúne em galpões cerca de 15 mil tambores com material radioativo, que estão sendo substituídos devido ao estado precário de corrosão, para evitar acidentes.
O prefeito de Caldas, Ailton Goulart (MDB), conversou há pouco com o blog e disse que a atual instalação está sendo descomissionada, enquanto os tambores estão sendo substituídos dentro de cronogramas acertados entre a INB e a Prefeitura. Reiterou que a cidade não aceita receber material radioativo de São Paulo, como já foi ventilado no ano passado, mas que a Prefeitura está em alerta, porque é “tudo muito incerto”, pois mudanças podem ocorrer de última hora. Lembrou, contudo que o Ministério Público está alerta em contato com a Prefeitura.
Ele não acredita que o local ficará totalmente livre dos rejeitos, mas acha que o fato de até agora a INB estar cumprindo o que prometeu, é um avanço para a cidade. Sobre a iniciativa do governo Figueiredo de abrir a instalação em 1982, Ailton Goulart disse que havia uma outra realidade, como a intenção de o Brasil construir várias usinas atômicas; daí demandar urânio para a produção de combustível. “Não podemos imaginar o que o governo do General Figueiredo prometeu em contrapartida à cidade. O que temos hoje é um legado de material radioativo, ainda sem solução”, comentou o prefeito.
FOTO: CALDAS – INB -
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ResponderExcluirMuito obrigada!! É extremamente importante podermos contar com a sua participação. Contamos sempre com a sua presença em nosso blog.
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