O turbogerador da usina nuclear Angra 2, no município de Angra dos Reis (RJ) apresentou uma falha no sistema de controle das válvulas de admissão de vapor e precisou ser desligado manualmente para a substituição de alguns componentes. O fato ocorreu às 2h04 desta quarta-feira (16/2), na parte não nuclear de Angra 2, que foi desconectada do Sistema Interligado Nacional (SIN).
Segundo a Eletronuclear, o reator nuclear não precisou ser desligado, sendo mantido com potência reduzida. A previsão de retorno de Angra 2 é até a madrugada de amanhã (17). “O incidente não representou nenhum risco aos trabalhadores da unidade, à população ou ao meio ambiente”, informou a companhia.
Angra 2 é a primeira de uma série de oito usinas previstas no pacote do Acordo Brasil-Alemanha, assinado pelo general Ernesto Geisel, em 27 de junho de 1975. Em construção em 1976 para entrar em operação em 1982, depois de uma série de atrasos, começou a operar comercialmente em 2001. Quando opera 100% sincronizada ao SIN, gera cerca de 1.300 MW, o equivalente a 20% da energia consumida na cidade do Rio de Janeiro.
OXIDAÇÃO SEM EXPLICAÇÃO -
Em 2020, um problema até hoje não informado, deixou Angra 2 parada por mais de dois meses. “Partículas de aspecto metálico nas bordas do vaso do reator”, como também em “bocais inferiores dos elementos combustíveis, que estavam sendo içados”, foram detectadas e adiaram o retorno ao sistema elétrico da usina nuclear. A usina foi desligada no dia 22 de junho de 2020 para a troca de combustível (urânio enriquecido) produzido pela estatal Indústrias Nucleares do Brasil (INB). A previsão era de que voltaria ao sistema em cerca de um mês, mas o problema exigiu uma parada maior, de dois meses.
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