A Indústrias Nucleares do Brasil (INB) tem licença de dez anos para construir um “depósito temporário”, orçado em R$ 6 milhões, para armazenar lixo comum, como papel, vidro, metal, que podem ser reciclados, produzidos em suas unidades em Resende, município do Estado do Rio de Janeiro. A determinação é do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que concedeu a licença de Operação para a Fábrica de Combustível Nuclear (FCN), à INB.
As licenças anteriores tinham entre três a seis anos de validade. Esta, de agora, inclui a Fábrica de Componentes e Montagem, a Fábrica de Reconversão e Pastilhas de Dióxido de Urânio e a Usina de Enriquecimento e vai até julho de 2031.
A licença conta com algumas condicionantes: continuidade dos programas ambientais realizados pela empresa e a construção de um depósito temporário de resíduos sólidos, cujo projeto básico está em andamento.
De acordo com o coordenador de Meio Ambiente e Proteção Radiológica Ambiental (COMAP.N), Rodney Santos, a INB trabalha para “se adequar aos assuntos mais críticos” do ponto de vista do Ibama.
“O conteúdo dessa licença contempla exigências que estão em execução desde a anterior e ainda com exigências para o aperfeiçoamento de alguns programas como o de Monitoração Ambiental, o de Reflorestamento e o de Educação Ambiental”, disse. E avisou: “O envio de informações falsas ou imprecisas, podem levar a cassação da licença, paralisação das atividades e outras penalizações por parte do Ibama”, reforçou Rodney.
"MUITO EM VOGA" -
Segundo o gerente de Qualidade, Meio Ambiente, Proteção Radiológica, Licenciamento e Salvaguardas, Franklin Palheiros, o maior desafio para os próximos dez anos é a construção do depósito. “Na Diretoria de Produção do Combustível Nuclear (DPN) isso é um investimento que compete com outros e temos uma metodologia de priorização”, disse o gerente.
Porém, Franklin ressaltou a importância do investimento em Meio Ambiente para a empresa. “Temos que pensar também que, além das condicionantes impostas pelo IBAMA, a área nuclear está muito em voga por questões ambientais, por combater o efeito estufa. Então essa questão de fazermos a gestão da licença ambiental é o mínimo, e não podemos falhar, porque isso repercute no negócio”, avisou.
FOTO: FCN -
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Esse depósito apresenta os perigos já constatados em outros locais no planeta.
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