Um exercício parcial de emergência simulará a evacuação e a necessidade de improvisação de abrigos à população próxima às usinas nucleares, em Angra dos Reis, “diante de uma situação de pandemia”, sem movimentação externa, nos dias 20 e 21/10, quarta e quinta-feira.
Será uma operação complexa envolvendo várias entidades civis e militares, com a mobilização de uma rede de cerca de 80 instituições, centenas de profissionais, nos três níveis de governo: municipal, estadual e federal.
Órgão central do Sistema de Proteção ao Programa Nuclear Brasileiro (Sipron), o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI/PR) é o responsável pela supervisão da atividade.
As informações são da holding Eletrobras e sua subsidiária Eletronuclear, gestoras das usinas Angra 1 e Angra 2, em funcionamento; e Angra 3, em processo de retomada das obras, paralisadas em 2015. Responsáveis também pela Unidade de Armazenamento a Seco (UAS) que armazena os elementos combustíveis usados (urânio) das centrais atômicas.
O simulado tem como objetivo avaliar a estrutura dos procedimentos do Plano de Resposta Integrada a Evento de Segurança Física Nuclear e do Plano de Emergência Externo (PEE) da Central Nuclear. E de que forma seria a interação entre os órgãos envolvidos caso seja necessária uma ação de apoio a um evento de segurança física no local.
Em geral, nos anos ímpares, são realizados exercícios gerais, que incluem uma simulação da evacuação de áreas vizinhas à central nuclear. Mas por causa da pandemia, este ano, será realizando novamente um simulado parcial (que ocorre nos anos pares), sem movimentação externa. “Não por isso a simulação será menos importante”, informam as empresas.
Serão ativados e testados os centros de emergência nuclear, de forma a avaliar a capacidade de comando, coordenação e controle entre as organizações envolvidas. O cenário é composto de vários desafios criados de maneira que possibilitem à simulação alcançar as diversas classificações de emergência e níveis de segurança física nuclear. Na Central Nuclear haverá um gabinete de crise para coordenar e responder a eventos de segurança física fictícios.
FOTO: Central Nuclear de Angra dos Reis - Eletronuclear -
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