segunda-feira, 14 de outubro de 2019

Brasil importa urânio do Cazaquistão


O Brasil importou urânio na forma de pó amarelo, mais conhecido como yellowcake (U3O8) do Cazaquistão, para começar a produzir a recarga de combustível para a usina nuclear Angra 2, em dezembro próximo. A informação foi confirmada pela empresa Indústrias Nucleares do Brasil (INB). “Para a produção da 16º recarga de Angra 2, que tem previsão de entrega em maio de 2020, a empresa já adotou as medidas visando as aquisições de matérias-primas e componentes”, informou. “Os valores são tratativas comerciais de cunho estratégico”, acrescentou a empresa. 

A recarga para a usina Angra 1, que será desligada em janeiro, para receber o combustível, também foi importada do Cazaquistão. Todo o processo, segundo a INB, foi realizado via licitação. O Brasil tem a sétima maior reserva de urânio do mundo, mas suas atividades de produção de yellowcake estão paradas. O governo deverá ativar a mina de Caetitê, na Bahia, recentemente autorizada pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). 

O corte no orçamento da INB está levando a empresa a buscar alternativas para a importação de matérias-primas necessárias à produção do combustível (urânio enriquecido a até cerca de 3,5% para as usinas nucleares), como o yellowcake, que faz parte do processo do ciclo do combustível.  Para as recargas que se seguem, a empresa está em “tratativas com o Ministério das Minas e Energia (MME) visando reestabelecer seu orçamento, mantendo assim todos os compromissos contratuais com a Eletronuclear”, gestora das usinas nucleares.

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