terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Testes de beneficiamento de urânio em Caetité começam nesta quarta-feira (12/12)


A Indústrias Nucleares do Brasil (INB) retoma nesta quarta-feira (12/12) os testes operacionais da planta química de beneficiamento nas rochas de urânio que estão no pátio da empresa, em Caetité (BA). Segundo o presidente da INB, Reinaldo Gonzaga, a retomada está sendo possível, a partir de autorização concedida pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). A unidade abrange 1.800 hectares.
Foram investidos R$ 56 milhões nas obras realizadas visando à retomada da produção. Prevê-se até 2025, a ampliação da capacidade de produção para 800 toneladas anuais, com investimentos de R$ 571 milhões, valor este contemplado no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

“Não medimos esforços para chegar ao momento que estamos vivendo agora: voltar a produzir após mais de três anos parados”, lembrou. A paralisação da jazida no período de 2000 a 2015 gerou um prejuízo de RS 253.818.965,35, segundo o presidente da INB. 

A operação de uma mina demanda uma série de processos juntos aos órgãos ambientais, por exemplo. “Nesse período de 15 anos (2000 a 2015), através da exploração a céu aberto da Mina da Cachoeira, a INB produziu 3.761.154 Kg de U3O8, atendendo às necessidades de fornecimento de combustível para as Usinas Nucleares Angra 1 e 2. Com o término da exploração a céu aberto, economicamente viável, era necessário que se fizesse a exploração da lavra subterrânea da referida mina”, informou. Mas “dificuldades no licenciamento deste tipo exploração junto aos órgãos de licenciamento CNEN e IBAMA obrigaram a INB a iniciar um novo processo (de licenciamento) para uma exploração a céu aberto, na Mina do Engenho, cuja autorização foi obtida recentemente”, disse.

No caso de Caetité, a previsão de retomada dos trabalhos, a partir desta quarta-feira envolve uma série de etapas: inicialmente haverá o tratamento do minério resultante do decapeamento. A partir de meados de 2019, os trabalhados serão com o minério procedente da nova lavra propriamente. “A previsão para a entrada efetiva em operação da unidade Caetité é a partir do início do tratamento do minério proveniente da lavra, com a produção anual de 270 toneladas de U3O8”, estima Reinaldo Gonzaga.

O presidente da INB avisou que esta produção (de concentrado de urânio) ainda não atenderá totalmente as necessidades de Angra 1 e 2, mas permitirá uma economia com a importação, da ordem de R$ 50 milhões.

Sobre o que está sendo feito para prevenção de acidentes e segurança do trabalho, ele informou que durante o processo de licenciamento da unidade junto à CNEN e ao IBAMA são exigidos inúmeros planos de monitoração que garantam a total segurança do trabalhador, do público e do meio ambiente.

2 comentários:

  1. A jornalista Tânia Malheiros se especializou no setor. Parabéns.

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  2. Parabéns Tania por informar com precisão as atividades sérias, com responsabilidade e preocupação com o desenvolvimento científico e tecnológico do Brasil.

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