quinta-feira, 1 de outubro de 2020

Mina cearense vai produzir 1.600 toneladas de concentrado de urânio

 


Cerca de 1.600 toneladas de concentrado de urânio serão extraídas do complexo mineroindustrial na cidade de Santa Quitéria, no Ceará. O produto radioativo será convertido em hexafluoreto de urânio (UF6) no exterior, retornando ao Brasil para uso na fabricação do combustível para a geração termonuclear das usinas Angra 1, 2 e, futuramente, 3. O Projeto Santa Quitéria prevê a construção e a operação desse complexo, também com o objetivo de produzir anual de 500 mil toneladas de fertilizantes fosfatados e 250 mil toneladas de fosfato bicálcico (usado na nutrição animal).  

A negociação visando o mega empreendimento deu mais um passo esta semana, com a assinatura de um memorando de entendimentos entre o Consórcio Santa Quitéria - formado pela empresa privada Galvani e a estatal Indústrias Nucleares do Brasil (INB) - com e o Governo do Estado do Ceará. Eles destacaram os benefícios que a implantação do complexo mineroindustrial irá trazer para o Estado e o País. Trata-se de investimento de US$ 400 milhões, informaram, que vai alavancar a economia local após a pandemia. 

PROJETO REPAGINADO - 

Representando o Ministério de Minas e Energia na solenidade, a secretária adjunta de Geologia, Mineração e Transformação Mineral, Lilia Mascarenhas Sant'Agostino, comentou sobre a diferença dessa retomada para o que já foi tentado em outras ocasiões. "É um projeto repaginado, que sofreu uma revisão nos seus processos tecnológicos, propiciando uma melhor abordagem e melhor equacionamento do uso da água na região".  

No acordo, as empresas que estão à frente do Projeto Santa Quitéria prometeram implantar o complexo mineroindustrial de lavra e beneficiamento de minério para a produção de fertilizante fosfatado e concentrado de urânio, criando cerca de 500 empregos diretos e 2 mil indiretos. Na etapa de construção serão 1,5 mil empregos. A massa salarial, segundo eles, que será gerada pelo empreendimento atingirá cerca de R$ 25 milhões por ano, o que fomentará a economia da região. 

Os empreendedores do Consórcio Santa Quitéria prometeram realizar os estudos necessários para a obtenção do licenciamento do projeto, sendo todas as etapas informadas às autoridades estaduais. “Temos avançado muito no desenvolvimento do empreendimento. Será um projeto que buscará contribuir com o estado do Ceará, seja na geração de empregos e renda, bem como na construção de um complexo que será sustentável do ponto de vista socioambiental, permitindo que tenhamos oportunidade para todos”, afirmou Ricardo Neves, presidente da Galvani.

 O Projeto Santa Quitéria foi incluído no PPI (Programa de Parcerias de Investimentos). Seguiremos os trâmites dos processos de licenciamento e avançaremos para a construção de um complexo que será muito importante para o Brasil e para o Ceará”, garantiu o presidente da INB, Carlos Freire. 

O governador do Ceará, Camilo Santana, (PT), reforçou os benefícios que o empreendimento trará para o estado. “Esse projeto é do Ceará, mas com certeza terá impacto em setores econômicos de todo o país. Esse era um projeto antigo que o Ceará almejava há muito tempo, e que vai gerar muito emprego e renda para o nosso estado. Vamos ter uma demanda importante na produção de fertilizantes e suplementos na alimentação animal, onde podemos ser autossuficientes”, disse o político. 

FOTO: Diário do Nordeste.


2 comentários:

  1. Esse projeto é um absurdo, roubando a pouca água do povo cearense e acabando com a vida tradicional dos povos rurais desta localidade. O Brasil não precisa de minas que contaminam o meio ambiente. Deixem o urânio no solo. Basta de contaminações, a mina radioativa de Caetité contaminou o meio ambiente, famílias morreram. Basta. Xô nuclear!

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  2. Esse projeto é um absurdo, roubando a pouca água do povo cearense e acabando com a vida tradicional dos povos rurais desta localidade. O Brasil não precisa de minas que contaminam o meio ambiente. Deixem o urânio no solo. Basta de contaminações, a mina radioativa de Caetité contaminou o meio ambiente, famílias morreram. Basta. Xô nuclear!

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