sexta-feira, 10 de julho de 2020

Angra 2: Eletronuclear confirma "oxidação inesperada no revestimento dos tubos" que contém pastilhas de urânio enriquecido


A Eletronuclear confirmou há pouco a informação divulgada pelo BLOG, nesta sexta-feira (10/7), sobre problemas ocorridos durante o reabastecimento de combustível (urânio enriquecido), em Angra 2, desligada no dia 22/6. Segundo a estatal, na inspeção foi detectada, “nos elementos combustíveis carregados no último ciclo, uma oxidação inesperada no revestimento dos tubos que contém as pastilhas de urânio enriquecido”. 

Serão necessários testes adicionais. Por isso, haverá atraso no religamento da unidade, previsto agora para o próximo mês. Os elementos combustíveis são fabricados pela Indústria Nucleares do Brasil (INB), mas uma de suas fases ainda é feita pela Urenco (consórcio de empresas da Inglaterra, Holanda e Alemanha, criado para enriquecer urânio). 

“Os testes serão realizados pela empresa responsável pelo projeto da usina, e a Eletronuclear aguarda a chegada dos equipamentos necessários e dos técnicos estrangeiros à central nuclear já na próxima semana”, informou a estatal. O objetivo é “determinar as causas da oxidação e verificar a viabilidade da utilização destes elementos combustíveis por mais um ciclo operacional, conforme planejado”, acrescentou. 

A estatal classificou o caso de “incidente” e garantiu que em nenhum momento, comprometeu a segurança e o desempenho de Angra 2, que operou continuamente por 13 meses, tendo inclusive batido seu próprio recorde de produção no último dia 19, com a marca de 200 milhões de MWh gerados desde 2001”. 

Segundo a Eletronuclear, a parada de reabastecimento que está em curso – o maior trabalho de manutenção realizado no país durante a pandemia do covid-19 -  tem transcorrido normalmente graças às medidas preventivas adotadas pela empresa. Não foram mencionados os custos adicionais que terão de ser pagos por conta do problema.

Foto: Angra 2 - Divulgação Eletronuclear


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