sexta-feira, 2 de agosto de 2019

Construção de usinas nucleares no Nordeste e Angra 3 podem ser beneficiadas com autonomia da Eletronuclear, segundo presidente da Abdan


O presidente da Associação Brasileira para o Desenvolvimento das Atividades Nucleares (Abdan), Celso Cunha, acha que a privatização da Eletrobras, poderá permitir maior autonomia à Eletronuclear, gestora das usinas nucleares, o que seria “muito positivo”, conforme comentou nesta sexta-feira (02/08) para o Blog. Outra possibilidade, segundo ele, será a criação de uma nova empresa para gerar as usinas; e a Itaipu Binacional.

Celso Cunha lembrou que estudos visando à privatização da Eletrobrás ocorrem há anos. Observou também que o governo atual já anunciou estar disposto a abrir mão de 49% de sua participação na usina nuclear Angra 3, para que a iniciativa privada possa participar do projeto. Comprada pelo acordo Brasil-Alemanha, em 1975, Angra 3, consumiu cerca de R$ 7 bilhões e precisa de mais R$ 14 bilhões para ser concluía.

A autonomia da Eletronuclear poderá ser positiva também para as usinas no Nordeste, que o governo planeja construir. “O Nordeste está precisando de energia de base. As eólicas e solares, que correspondem a 78% da energia demandada no Nordeste, não são capazes de se manter sozinhas pela própria características de intermitência que existe. As hidrelétricas também não conseguem cumprir este papel sozinhas”, afirmou o presidente da Abdan.

Em relação às usinas no Nordeste, ele afirmou que, além de poderem gerar cerca de 9 mil empregos diretos e indiretos, cada uma deverá injetar cerca de US$ 9 bilhões na economia, cumprindo papel importante de estabilizar o sistema da Região. “Se tivermos um site padrão de usinas, com quatro unidades no Nordeste, estamos falando de cerca de US$ 30 bilhões, um pequeno pré-sal com energia limpa, pois hidrelétricas, solares, eólicas e nucleares são energias limpas”, completou.

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