quinta-feira, 19 de junho de 2025

Com presidentes interinos o comando de empresas nucleares continua em modo de espera

 


O comando de empresas do setor nuclear continua em modo de espera. Há cerca de um mês, duas delas ainda estão sob a presidência interina: a Nuclebras Equipamentos Pesados (Nuclep), em Itaguaí (RJ), e a Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional (ENBPar), em Brasília. 

O presidente interino da Nuclep é o capitão de Mar e Guerra, Alexandre Vianna Santana; substituto do contra-almirante Carlos Henrique Silva Seixas. Na ENBPar, Miguel da Silva Marques, substitui Silas Rondeau Cavalcante Silva, que foi para o conselho da Eletrobras. 

Na Nuclep, o comando está cotado para continuar: na segunda-feira (16/6), militares da Diretoria-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha (DGDNTM), marcaram presença na visita que fizeram às obras do Submarino Convencionalmente Armado com Propulsão Nuclear. 


Foram recebidos pelo presidente interino e percorreram o parque fabril da empresa para avaliar “possíveis adequações no layout da fábrica voltadas ao atendimento das demandas do Programa de Desenvolvimento de Submarinos da Marinha do Brasil (PROSUB)”. 

De certa forma, a Eletronuclear também está em compasso de espera, pois o presidente, advogado Raul Lycurgo, não foi reconduzido ao posto, embora seu mandado tenha encerrado recentemente. 

Outra incógnita envolve a direção da estatal federal Indústrias Nucleares do Brasil (INB), comandada pelo engenheiro elétrico por Adauto Seixas, indicado pelo senador Rodrigo Pacheco. Apesar de mencionado em diversas denúncias -, como a sua adesão do Plano de Demissão Voluntária PDV) – pelo grupo Folha, entre outras, ele continua no posto. 


Na época, o BLOG divulgou com exclusividade que Adauto estava tentando validar um contrato sem licitação com a empresa mineira GE21 Consultoria Mineral Ltda, em Belo Horizonte, para a avaliação de ativos minerais estratégicos, como terras raras e urânio, estimado em R$ 1 milhão. Adauto assinou o contrato no dia 25/4 e pressionava quatro diretorias que se negavam a fazer o mesmo. Na ocasião, ele fez uma visita praticamente de despedida à unidade da INB, em Caldas (MG), onde atuou por décadas. E onde até hoje são registrados problemas de contaminação radioativa. Depois da visita, nada mais aconteceu, que se tenha noticia. Tudo indica que os ventos da política sopram favoráveis ao presidente da INB

INDICADOS POLITICOS - 


Entretanto, nos bastidores do setor os comentários dão conta de que os nomes serão trocados ou confirmados após o feriadão, enquanto se acertam indicados por políticos. 

Neste meio tempo, as empresas tentam fazer o que for possível para evitar problemas, principalmente em relação aos funcionários, como é o caso da Eletronuclear, que encerraram a greve de 16 dias, em 8 de abril, apostando nas promessas que incluem a manutenção de todo o pessoal em seus postos, apesar de várias ameaças feitas por Lycurgo. 

Procurador federal desde 2002, cedido à Eletronuclear, ele não desmentiu as notícias de que que deixaria o cargo até o final de abril, nem que fez o comunicado ao ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que estava na China. Agora, todos estão aguardando o futuro, bem próximo.

(FOTOS: Blog, Sindicatos e acervos das empresas) – 

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