quarta-feira, 27 de julho de 2022

Angra 2 volta a funcionar sincronizada ao Sistema Interligado Nacional (SIN)

 


A usina nuclear Angra 2, em Angra dos Reis (RJ), foi sincronizada ao Sistema Interligado Nacional (SIN) nesta terça-feira (26/7), às 22h57. A previsão é que alcance 100% de potência nesta quarta-feira (27/7). A unidade estava parada desde 12/6 para reabastecimento. 

Segundo a Eletronuclear, gestora das usinas, além da troca de um terço do combustível (urânio enriquecido), foram realizadas manutenções, testes e inspeções periódicas exigidas por especificações técnicas. 

FOTO- ANGRA 2 – Carregamento do núcleo do reator. 

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Produção de radiofármacos, enriquecimento de urânio, acidentes radioativos e ações terroristas estão entre os temas de debates da SBBN na reunião anual da SBPC

 


A Sociedade Brasileira de Biociências Nucleares (SBBN) participa da 74ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que acontecerá em formato híbrido e presencial de 24 a 30 deste mês de julho na Universidade de Brasília (DF) e também por canais do YouTube da SBPC e de sociedades que promovem atividades virtuais. É um dos eventos mais importantes na área da ciência, promovendo cerca de 200 atividades. Veja a agenda no site da SBBN.

A mesa redonda “Emergências radiológicas: um sistema de resposta para acompanhamento de radioacidentados” terá a presença dos renomados médicos Nelson Valverde, Alexandre Maurmo e Maria Paula Curado que serão apresentados pelo físico Ivan Salati. Será realizada na próxima sexta-feira (29/7), com transmissão pelo canal da SBBN no Youtube. 

Segundo a SBBN, na mesa serão tratados vários temas de relevância para o País. Eis um resumo: “O Brasil domina o ciclo do combustível nuclear e opera dois reatores nucleares de potência em Angra dos Reis, RJ; plantas de enriquecimento de urânio nas Indústrias Nucleares do Brasil em Rezende, RJ e instalações da Marinha na cidade de São Paulo e em Aramar, SP; quatro reatores de pesquisas em SP, MG e RJ, e cerca de quatro mil instalações que utilizam fontes radioativas em medicina, indústria e laboratórios de pesquisas. O transporte de materiais radioativos importados ou produzidos no país alcança os principais aeroportos e rodovias com grande fluxo”. 

Também entram em debate temas como "o planejamento e o preparo para a resposta à exposição não desejada a material radioativo assume importância cada vez maior no cenário global, com ampla visibilidade mundial, como nos eventos públicos de massa, nos quais há a possibilidade de utilização terrorista ou criminosa de agentes nucleares ou radiológicos”. 

A SBBN reitera que é “essencial existir um Sistema de Resposta Médico-Hospitalar estruturado de forma articulada com diferentes organizações que, de acordo com as suas especificidades e mandatos, possam contribuir para uma intervenção coordenada e sistêmica”. Em emergências radiológicas, informa, “além da atuação do setor Saúde no desenvolvimento de ações de vigilância em saúde e no monitoramento ambiental e epidemiológico, é indispensável haver condições para a assistência médica (pré-hospitalar e hospitalar) às pessoas expostas, sob a forma de um sistema específico com esse objetivo, valendo-se dos recursos e estruturas já existentes para a atuação convencional da Saúde, com algumas adaptações”. 

Na próxima terça-feira (26/7), o evento terá mesa presencial, no campus Darcy Ribeiro da universidade de Brasília (DF). O tema a ser debatido será “A política para radiofármacos no Brasil, qualificação de profissionais e investimento em nivação”. 

Radiofármacos são medicamentos usados para realizar exames de imagens, para diagnosticar doenças neurodegenerativas e neoplasias, por exemplo, ou para tratamento de algumas como tireoide, tumores de próstata resistentes à castração, tumores hepáticos, entre outras. 

A SBBN relembra que a política para radiofármacos tem sofrido alterações importantes, tanto em relação ao monopólio da produção de radioisótopos como as regulamentações da Anvisa, relativas aos fármacos. No evento, será discutido o impacto do marco regulatório atual para a produção, distribuição e comercialização no país, principalmente para os pacientes SUS. 

“O desenvolvimento de novos radiofármacos exige não somente produção de radioisótopos, mas também o investimento na translação da pesquisa pré-clínica para a clínica e demanda instalações, equipamentos e recursos humanos qualificados”. E reitera que a simples substituição de importação de produtos já utilizados em outros países, através de adaptação de processos existentes, não representa inovação. 

A SBBN alerta mais uma vez: “Para a verdadeira independência da área, sugere-se investimento em grupos de pesquisas em universidades e em institutos da CNEN, com editais para laboratórios de radioquímica, bioquímica e farmácia. É indispensável a democratização desses procedimentos médicos, pois, até o momento, 75% são realizados na rede privada e 70% são concentrados nas regiões Sudeste e Sul”. 

FOTO: Unidade de enriquecimento de urânio (ARAMAR-SP) - 

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quinta-feira, 14 de julho de 2022

ABIN conclui relatório sobre ameaças a instalações nucleares brasileiras

 


Ações maliciosas contra instalações nucleares do Brasil estão registradas no primeiro Relatório Nacional das Ameaças à Segurança Físico Nuclear (Renasf) elaborado pela Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), concluído recentemente. “A ABIN realiza o acompanhamento de grupos ou indivíduos com capacidade e intenção de cometer ações maliciosas contra instalações nucleares selecionadas, como sabotagem e obtenção ilegal de agentes selecionados, descritas no Renasf”, informou o diretor-adjunto da ABIN, Victor Felismino Carneiro. 

Segundo ele, a iniciativa atesta “o compromisso do Brasil em adotar as recomendações e boas práticas internacionais na área de segurança física nuclear, e é condizente com o avançado estágio de desenvolvimento do Programa Nuclear Brasileiro (PNB), principal beneficiado do projeto”, complementou. 

O Renasf é o primeiro levantamento nacional sobre o tema e documento fundamental para o país elaborar a Ameaça Base de Projeto (ABP) de suas instalações nucleares, cumprindo as recomendações e boas práticas preconizadas pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). 

O documento insere-se na atividade principal da Inteligência: “a produção e difusão de conhecimentos relativos a fatos ou situações que possam resultar em ameaças ou riscos à salvaguarda da sociedade e do Estado”, comentou o diretor-adjunto.

Integram o Grupo de Trabalho de Avaliação de Ameaças do Programa Nuclear Brasileiro, colegiado instituído pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI): a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), os Ministérios da Defesa e da Justiça e Segurança Pública, a Eletronuclear, as Indústrias Nucleares do Brasil (INB), a Comissão Nacional de Segurança Pública nos Portos, Terminais e Vias Navegáveis e os Governos dos Estados do Rio de Janeiro, de Minas Gerais e de São Paulo. 

“A elaboração do Renasf é fruto da cooperação entre essas instituições. O Renasf constitui um marco na área de proteção física nuclear do Brasil. Trata-se da primeira vez que o Brasil dá início a processo de avaliação nacional de ameaças às instituições nucleares. Sua grandiosidade e complexidade são reveladas pelo fato de nenhum país da América Latina tê-lo concluído”. 

FOTO: Central Nuclear de Angra – ABDAN. 

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quarta-feira, 6 de julho de 2022

Justiça mantém plano de saúde para vitimas da radiação

 

O Juiz Mauricio Marchetti, da 20ª Vara do Trabalho de São Paulo, decidiu nesta quarta-feira (06/07) manter o plano de saúde, que havia cassado na semana passada, a cerca de cinquenta vítimas de contaminação por radiação na Nuclemon, sucedida pela estatal Indústrias Nucleares do Brasil (INB). O juiz acolheu os argumentos da advogada Erica Coutinho sobre a importância da continuação do tratamento das vítimas, que ficaram doentes por terem trabalhado com material radioativo. A decisão já está valendo para alivio de algumas vitimas que estão com consultas e cirurgias agendadas. Conduto, não é definitiva, porque depende do julgamento final do processo, que ainda vai ocorrer. Mas foi um alento para todos. 

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